JUSTIFICATIVA 

No passado, a pasta da assistência social era a pasta destinada a pessoas com trajetória no campo da solidariedade ou da caridade, sem exigir conhecimento técnico e habilidade de gestão de pessoas. Com o avanço da política pública de assistência social, tanto no aspecto normativo quanto técnico, ocupar cargos de gestão no âmbito do SUAS exige muito mais do que o desejo de fazer o bem. Trata-se de liderar equipes, coordenar serviços e articular redes nos territórios. Cargos como o de secretário de assistência social, diretor de proteção básica ou especial, coordenação de unidades CRAS e CREAS impõem aprender e conseguir lidar com desafios inerentes à gestão pública como um todo – tais como recursos escassos, necessidade de conhecer a legislação e de lidar com a burocracia que difere do setor privado.  Em paralelo, é preciso conhecer a política pública de assistência social e desenvolver habilidades de gestão de pessoas – já que as pessoas são a principal tecnologia dessa política – serviços destinados à população que enfrenta situações de vulnerabilidade e risco social e territórios nos quais as redes socioassistencial e intersetorial se materializam e podem ser mais ou menos articuladas e efetivas, a depender do direcionamento que é dado pela gestão.  

Quem vem do setor privado e já ocupou postos de gestão possivelmente não vai encontrar dificuldades na gestão de pessoas, mas vai precisar conhecer o mundo do SUAS: dos seus serviços e da gestão do território. Esse é o caso de muitos secretários de assistência social e diretores de PSB e PSE. Por outro lado, quem recebe o convite para coordenar um CRAS ou um CREAS em geral já trabalha no SUAS e conhece os serviços de proteção básica e especial, mas precisa acessar conhecimentos e desenvolver habilidades de gestão de pessoas e de gestão de territórios. Por mais que a gestão de territórios não seja atribuição exclusiva do coordenador – ela depende muito da equipe da unidade – essa é uma função que não acontece espontaneamente: ela precisa de uma intencionalidade e de movimentos tanto no nível da gestão da unidade (CRAS ou CREAS ) quanto da gestão da secretaria (secretário e seus diretores quando houver). É na gestão de pessoas e na gestão de territórios que todos esses níveis de gestão – coordenação, direção e secretaria da pasta – se encontram, cada um com suas competências e atribuições. É importante compreender até onde vai o papel de cada um desses atores – equipe de referência, coordenação, direções, secretaria para que se possa construir uma gestão efetiva, comprometida com o avanço do SUAS e que resulte em ofertas qualificadas para a população. É para preparar você - ou qualificar, caso você já tenha experiência na área – que esse curso foi desenvolvido.  

PÚBLICO-ALVO 

Profissionais que ocupam cargos de gestão no SUAS em todos os níveis (coordenação de CRAS e CREAS, gerência, direção de proteção básica ou especial e secretaria municipal).  

OBJETIVO GERAL 

Preparar e qualificar profissionais que ocupam cargos de gestão no âmbito do SUAS, da coordenação das unidades à secretaria da pasta 

OBJETIVOS ESPECÍFICOS 

Preparar os profissionais para coordenar CRAS, CREAS e conhecer  

Subsidiar profissionais de todos os níveis de gestão sobre gestão de pessoas, de serviços e de territórios no âmbito do SUAS  

Diferenciar competências das equipes de referência e dos diferentes níveis de gestão (unidades CRAS e CREAS x órgão gestor)  

PROGRAMAÇÃO 

MÓDULO INTRODUTÓRIO: GESTÃO E A EDUCAÇÃO PERMANENTE NO SUAS 

Aula 1. Boas-vindas e apresentação da professora  

Aula 2. Abertura para aprender com as experiências: característica da boa gestão  

Aula 3. Breve linha do tempo do SUAS 

Aula 4. Educação Permanente (EP) no SUAS e o papel da gestão  

Aula 5. Cultura do registro e “saber fazer” 

Aula 6. EP no cotidiano do SUAS  

MÓDULO 1: GESTÃO E SOLIDÃO: DESAFIOS DA GESTÃO DE PESSOAS (NOÇÕES BÁSICAS) 

Aula 7. Níveis de gestão e o papel do secretário municipal de assistência social 

Aula 8. Níveis de informação  

Aula 9. Níveis de gestão e o papel dos coordenadores de CRAS e CREAS 

Aula 10. Níveis de gestão e o papel dos coordenadores de serviços executados por OSC  

Aula 11. Reuniões de equipe  

Aula 12. Orientações gerais sobre gestão de pessoas – para todos os gestores  

MÓDULO 2: GESTÃO DE SERVIÇOS DO CRAS - FOCO NA OFERTA DO PAIF 

Aula 13. Origens do CRAS e do PAIF 

Aula 14. CRAS: conceito e funções  

Aula 15. A oferta do PAIF: atendimento e acompanhamento familiar  

Aula 16. Qual é o seu CRAS hoje: como o seu CRAS se vê no espelho?  

Aula 17. O CRAS e a provisão de BE  

MÓDULO 3: GESTÃO DE TERRITÓRIO DO CRAS 

Aula 18. As três atividades que fazem parte da gestão territorial da Proteção Social Básica  

Aula 19. Rede socioassistencial: reconhecimento de uma OSC como integrante do SUAS 

Aula 20. Parcerias entre OSC e poder público 

Aula 21. Referenciamento da rede socioassistencial ao CRAS do território  

Aula 22. Promoção da articulação intersetorial no território do CRAS  

Aula 23. Busca ativa para acompanhamento de famílias e para conhecimento do território  

MÓDULO 4 - ATRIBUIÇÕES DO COORDENADOR DO CRAS 

Aula 24. Atribuições do coordenador do CRAS  

CAIXA DE FERRAMENTAS BÁSICAS COORDENAÇÃO DE CRAS / DIREÇÃO DE PSB 

MÓDULO 5 - GESTÃO DE SERVIÇOS DO CREAS 

Aula 25. Desafios da gestão do CREAS 

Aula 26. Serviços executados no CREAS 

Aula 27. O CREAS e a provisão de BE  

Aula 28. Desafios do CREAS em relação a outras políticas e aos órgãos de defesa de direitos  

MÓDULO 6 - GESTÃO DE TERRITÓRIO DO CREAS 

Aula 29. Referenciamento da rede de PSE-MC ao CREAS 

Aula 30. Papel do CREAS x Papel da secretaria municipal de AS no referenciamento  

MÓDULO 7- ATRIBUIÇÕES DO COORDENADOR DE CREAS 

Aula 31. Atribuições do coordenador do CREAS  

CAIXA DE FERRAMENTAS BÁSICAS COORDENAÇÃO DE CREAS / DIREÇÃO DE PSE 

MÓDULO 8. PERGUNTAS FREQUENTES 

O que fazer quando o município não tem CREAS?  

O coordenador de CRAS ou CREAS pode prover Benefício Eventual (BE)?  

A provisão de Benefício Eventual (BE) é privativa de assistentes sociais?  

É recomendado retirada de Benefício Eventual (BE) na secretaria?  

O coordenador responde pelos serviços (PAIF, PAEFI, MSE) ou pela unidade (CRAS, CREAS) como um todo? 

O coordenador do CRAS ou CREAS pode corrigir o português de relatórios técnicos? 

O coordenador de CRAS ou CREAS assina os relatórios junto com os técnicos?  

Quem acompanha a família dos adolescentes em MSE? 

Como proceder quando o adolescente abandona a MSE?  

MÓDULO DE ENCERRAMENTO 

Aula 32. Da solidão à segurança: revisando o conteúdo e mapeando desafios 

MODALIDADE: Capacitação introdutória (conforme a classificação da PNEP/SUAS (Brasil, 2013) 

O curso tem carga horária de 22 horas.

Sim, após assistir pelo menos 75% do conteúdo, você pode emitir o certificado, que é fornecido pela kiwifi

Sim, pois o projeto pedagógico do curso foi elaborado seguindo os princípios da Política Nacional de Educação Permanente do Suas (PNEP, 2013). Com base nos critérios da PNEP, o curso é do tipo "Capacitação introdutória" e o percurso formativo dele é classificado como "Gestão do SUAS".

O acesso ao conteúdo em videoaulas é por um ano. Os demais materiais, que você baixa, são de acesso vitalício.